É inegável o quanto a tecnologia nos beneficia a cada dia,
direta e indiretamente. A possibilidade de você se comunicar com alguém do outro
lado do mundo apenas com a discagem de alguns números no celular, ou melhor, ver
essa pessoa através de uma videoconferência, é fascinante e extremamente útil.
Mas até que ponto vai o limite da utilidade dos itens tecnológicos, sem que eles
se tornem exageros? A seguir, irei falar sobre dois tópicos deste assunto que me
intrigam...
EXAGERO TECNOLÓGICO 1.2
iPad, Tablet, iTouch, iPhone, Tablet, Android, MP4, 5, 6,
7... Antes de começar a falar sobre estes aparelhos, informo que sou
praticamente leigo no assunto, mas por falta de interesse e você já vai saber o
porquê.
Tenho uma opinião bastante formada sobre o assunto: se
quero telefonar, utilizo um celular; para ouvir música, um mp3; para acessar a
internet, o computador.. com a criação destes itens todos fomos muito bem
amparados e nos sentimos bastante satisfeitos. Então surgiu a brilhante idéia de
unir tudo isso em um aparelho celular e nossas vidas melhoraram ainda mais. "Oba!
Agora eu consigo ligar para o meu chefe e avisar que chegarei atrasado, enviar
e-mails para já ir adiantando o trabalho ao som de um bom rock'n'nroll, tudo
isso de num único aparelho. Não me falta mais nada!" Pois é, eu também achei que
não faltava - e continuo achando.
Afinal, o que muda com a tecnologia i (é como irei
identificar o iPad e seus aliados/concorrentes) são, praticamente, apenas os
valores, os designs e, acima de tudo, o ego de quem os possui. Eu vivo hoje com
um simples smarthphone, que comprei devido ao mp3 incluído nele e a promoção que consegui na compra - é
claro, e o qual fui descobrir que era um smart quase um ano depois, quando
pesquisei sobre ele na internet e, acredite se quiser, isto não mudou a minha
vida. Mas existem muitos que agiriam diferente. Em ônibus, supermercados,
praças.. é muito comum encontrar pessoas desfilando com seus i's, como se
estivessem num carnaval de celulares/tablets, desejando toda a atenção voltada
para si, esquecendo que isso acaba colocando-as em perigo, caso encontrem alguém
mal intencionado (e nem vou comentar sobre a parte vergonhosa dessas
ações).
EXAGERO TECNOLÓGICO
2.2
O homem é um ser com grandes fraquezas e tendências que o
levam a se auto-escravizar dentro de vícios. Há tempos o Governo cria campanhas
para prevenir o uso de cigarro, álcool e outros itens ao qual a sociedade se
vicia e se consome. Mas atualmente as coisas mudaram e as novas e mais
frequentes dependências da população são outras, a tecnologia e suas
ferramentas. Claro, estou utilizando sarcasmo ao incitar que deveríamos ter
campanhas para este tema como as contra drogas, mas deve-se levar em conta
que vício nenhum é saudável, e que os meios tecnológicos já estão representados
riscos á sociedade, como as redes sociais causando obesidade, assassinato dentro
de famílias por ciúmes, sequestros, pedofilia.. Cresce progressivamente o número
de adolescentes, cada vez mais novos com um celular, ou melhor, viciados no
celular. Me deparo frequentemente com expressões como "estou sem internet há 2
dias e não aguento mais", "esqueci meu celular em casa e tive que voltar duas horas
de ônibus para buscá-lo" e até "minha vida está neste aparelho, eu morro se o
perco" e fico impressionado com tamanha fraqueza, falta de caráter e
personalidade.
Hoje, por opção, não tenho um tablet nem um iPad, estou sem chip no meu celular e sem acesso
frequente á redes sociais e consigo viver perfeitamente ao contrário do que você
possa imaginar, e até mesmo do eu tenha imaginado há meses atrás. Com isto tenho dado mais
valor á coisas simples da vida, como, encontrar um amigo pessoalmente, fazer
amizades pelo que realmente sou e não pelo que digo ser, alcançar a admiração
de outras pessoas pelas minhas atitudes e não por 'likes' em campanhas sociais
pelas quais nem me interesso, tenho a oportunidade de sumir do mundo e ir para
um lugar só meu, para refletir sem ninguém me encontrar, consigo ver um
pôr-do-sol ao vivo ao invés de imagens de fundo de tela. Hoje eu sou feliz e sou
triste sem precisar compartilhar com mais ninguém o que sinto, tenho identidade
e privacidade. Eu me curto e dou RT nesse modo de viver.
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