Olho para a janela e cada gota de chuva
que cai lá fora, que desce do céu e escorre pela janela, me faz voltar aos
tempos de infância. Tempos onde, em um dia como este, eu estaria correndo e fugindo de marquises, tentando me deliciar com a maior quantidade de água
possível, sendo inverno ou verão. Como eram maravilhosas as tardes chuvosas, em
épocas em que eu poderia estar do outro lado, sentindo o poder
da natureza, sem medo de ficar doente e sem a responsabilidade que me prende
entre quatro paredes de um escritório.
Paro e penso em tantas crianças que não tiveram a chance de
sentirem esse tipo de sensação, por morarem em regiões áridas ou
por terem nascido nos últimos anos, quando a infância já havia sido presa em
frente á computadores e televisões, crescendo em cubos de vidros, e entristeço.
Entristeço por saber que num futuro próximo, não haverão outros como eu, em
momentos como este, com a capacidade de ver o lado bom de algo que para a maioria é um grande incômodo.
Saio, para fora das quatro paredes, em
alguns minutos, sem guarda-chuvas, sem receios, sem pudor.. apenas com um desejo
a ser realizado: voltar aos tempos de criança e me sentir grandioso, num mundo
de simplicidades e infinitas possibilidades.
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