Quando um homem se torna um herói
-Encontrar pelo caminho algo que não lhe pertence e devolver ao seu dono é um ato honesto e ao mesmo tempo simples, mas que pelo jeito anda perdendo sua frequência no mundo atual.
Eis que um estudante de Direito, Carlos Felipe Severo Chitão, de 23 anos, em Porto Alegre ao chegar em um caixa eletrônico, encontra uma quantia de dinheiro esquecida por uma idosa que estava a sua frente na fila. Ele resolve esperar alguns minutos, imaginando que ela retornaria, mas isto não acontece. O jovem decide então, deixar um bilhete no local, esperançoso que a senhora frequentasse o local outras vezes e acabasse lendo o recado, podendo assim entrar em contato para resgatar o valor: "Senhora que sacou dinheiro aqui por volta das 13h35, esqueceste o dinheiro no caixa. Favor, me ligar para que eu devolva".
O ato acabou caindo na internet e foi um sucesso de compartilhamentos e curtidas, tanto que o rapaz recebeu dezenas de ligações e mensagens de todo o Estado, o parabenizando pelo ato.
E um acontecimento que eu já vivi e, provavelmente, você também acaba virando um ato heroico e motivo de orgulho de uma sociedade. Muito longe de mim menosprezar um ato belo destes, mas a que ponto chegou o egoísmo e a falta de princípios de um povo, para que gestos que deveriam ser frequentes e corriqueiros, se tornem motivos de comoção geral?
Não generalizo essa situação apenas no Brasil. Posso citar o caso do jogador italiano Simone Farina (29), que em 2011 virou o herói de sua nação quando recusou um suborno de R$ 200 mil euros para manipular a derrota de seu time em uma partida de futebol pela Copa da Itália, e ainda denunciou o caso na polícia. Farina foi idolatrado por todos, ligados ao futebol ou não, orgulhosos do fato de ele não ter se corrompido.
Em meio a tantos escândalos políticos, outros envolvendo empresários milionários, ídolos religiosos e toda a corrupção que ocorre diariamente, estes cidadãos honestos acabam tendo seu destaque, mas como uma pequena minoria, da que age a partir de princípios que deveriam ser fundamentais desde a infância de cada um, mas que desaparecem aos poucos com a vivência em meio a sociedades capitalistas ao extremo, onde a riqueza material tem mais importância do que a ética.
O Carlos, felizmente, conseguiu devolver para sua dona o dinheiro encontrado no caixa eletrônico, com a ajuda de um agência do banco, e está vivendo seus dias de glória. Parabéns á ele por ser mais um integrante desse time do bem, que precisa com urgência de mais integrantes.
Vamos nos orgulhar dele, contar aos amigos, aos familiares, principalmente ao filhos, sobrinhos e todo tipo de criança, para que uma nova geração tenha a chance de tornar estes atos heroicos em gestos comuns,assim como jogar lixo na rua, ignorar a necessidade dos mais velhos ou desrespeitar seus semelhantes, são atitudes corriqueiras da geração atual.
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